quinta-feira, 25 de junho de 2009

21 Anos de Conquistas do PSDB.

Nenhum partido político é senhor absoluto da verdade e nem deve cultivar essa pretensão, por mais legítimas que sejam suas convicções. Também não faz sentido alguma guerra que se trava, entre governo e a oposição, para definir a responsabilidade por méritos ou equívocos que se acumularam ao longo da nossa História. Muito mais coerente seria se admitíssemos que o País, Estado ou Município que temos hoje é resultado da contribuição de todos aqueles que tiveram a responsabilidade de governar.
O PSDB mudou o Brasil para sempre, quando ousou debelar a inflação crônica e conquistou a estabilidade econômica com o Plano Real; quando ousou ao instalar, com Ruth Cardoso, as bases da rede de proteção social que temos até hoje no País; quando estabeleceu os novos marcos para o controle de gastos públicos, com a Lei de Responsabilidade Fiscal; quando renegociou a dívida dos estados e municípios; quando colocamos todas as crianças na escola e criamos o Fundef; quando adensamos o PSF e lançamos os genéricos... enfim! Instituímos as bases sobre as quais se constrói o Brasil moderno.

Para ser coerente com a sua própria história de transformações, o PSDB tem a responsabilidade de renovar suas idéias e oferecer ao Brasil um projeto capaz de retomar a agenda de construção de um país moderno, paralisada pelo baixíssimo crescimento no mais recente ciclo de prosperidade do mundo; reformar o estado e sua gestão, e aprofundar o seu compromisso com o combate à desigualdade social. As desigualdades sociais não são produto do acaso ou do destino, mas decorrem de outras desigualdades que o Estado brasileiro não foi capaz de corrigir e, em muitos casos, até colaborou para aprofundar, no curso do tempo, devido às suas históricas limitações. Por isso, a pobreza absoluta ainda é um desafio, no Brasil de hoje, impedindo o acesso de milhões de pessoas às condições básicas de vida e segurança e negando a liberdade, a cidadania e, no extremo, a própria condição humana.


A miopia, a ineficiência e o desperdício de recursos no setor público ainda são causas relevantes das profundas disparidades sociais e econômicas, assim como contribuem para eternizar as relações de dependência entre aqueles que podem menos e a estrutura do Estado. Em lugar de construir saídas que habilitem os grupos mais frágeis a participarem efetivamente da vida social, política e produtiva, o Estado brasileiro ainda manipula os recursos públicos com visão imediata e simplista. Resquícios do populismo e clientelismo, próprios das décadas de 30 e 40 do século passado, ainda permeiam as relações entre o Estado e a sociedade. Para alcançarmos a redução efetiva das desigualdades sociais e regionais, nosso projeto de modernização do Brasil passa, necessariamente, pela reconstrução dos fundamentos políticos do Estado e seus processos de gestão. Só assim teremos uma nova dinâmica de desenvolvimento, distribuição de renda e democratização de oportunidades.

A anacrônica concentração de poder e recursos na esfera da União, além de negar o federalismo, é uma das causas da ineficiência do setor público federal, em nosso país. Hoje, quase 70% de todos os impostos ficam sob a guarda da União, a maior concentração de poder registrada na história da República. Em Minas Gerais contra os obstáculos próprios desse modelo concentrador Aecio Neves conquistou o próprio conceito de Estado e inauguramos um modelo de gestão, em parceria com a sociedade e os municípios, nos permitiu alcançar resultados altamente positivos, em termos de modernização e crescimento econômico e melhoria da qualidade de vida em todas as regiões daquele Estado.

Penso que este é um dos melhores caminhos que o PSDB pode oferecer à Nação, para uma transição inteligente, segura e pacífica entre a realidade de hoje e a sociedade moderna, desenvolvida e democrática que temos o dever de construir, por ser este o nosso maior compromisso com o Brasil.

Enfim parabéns ao PSDB pela seus 21 anos de conquistas.

Marcos Tunnermann

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