sexta-feira, 26 de junho de 2009

Yeda assina convênio que abre 110 vagas para dependentes quimicos.

Para tratar de dependentes de crack, álcool e outras drogas, a governadora Yeda Crusius assinou, nesta sexta-feira (26), no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, convênios com seis comunidades terapêuticas, que vão permitir a abertura de 110 novas vagas. "No declive da droga, chega-se ao fundo do poço. Os convênios vão ajudar a evitar que cresça a epidemia de violência entre nós", afirmou a governadora. Lembrando que a drogadição traz consequências sociais, Yeda disse que o aumento do número de leitos também vai evitar o desmonte de famílias.
Para cada vaga, o governo investirá R$ 1 mil ao mês, totalizando R$ 1,3 milhão ao ano. O evento integra a programação da Semana de Prevenção da Violência, que se encerra neste domingo. A governadora também destacou que a sua gestão identifica problemas e dedica orçamento para a busca de soluções. "A violência está dentro de lares, escolas, ruas, e não escolhe pobre ou rico", observou, ao falar sobre o Programa de Prevenção da Violência (PPV). Frisou ainda que a cultura e esporte, por exemplo, ajudam a prevenir a violência. Para cerca de 80 prefeitos presentes ao evento, Yeda salientou: "O ajuste fiscal com déficit zero permite que busquemos conveniar mais comunidades terapêuticas. Vamos dobrar o número de comunidades, porque temos capacidade orçamentária para isso". A assinatura dos convênios está inserida na 2ª Jornada de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital São Pedro. Também foram entregues diplomas de Mérito pela Valorização da Vida a entidades gaúchas. Para o secretário da Saúde, Osmar Terra, as assinaturas demonstram a reafirmação do compromisso do Estado com a saúde mental. A epidemia do crack, segundo o secretário, é a mais grave no Rio Grande do Sul, e cerca de 1/3 dos homicídios estão relacionados ao tráfico de drogas. "Há dez anos, não existiam casos de crack no Rio Grande do Sul. Hoje, temos entre 55 e 60 mil pessoas dependentes", informou. Nos últimos seis meses, o governo criou 600 novas vagas para atendimento da fase aguda do dependente químico. "Estamos abrindo a possibilidade de eles saírem dos hospitais e terem alternativas para manter a abstinência e recompor as atividades do cérebro. É a primeira vez que o governo gaúcho banca o tratamento de dependentes químicos", explicou Terra. De acordo com a presidente do Centro de Apoio de Toxicômanos e Alcoólatras de Rio Pardo, Silvia da Rosa, a epidemia do crack atingiu o município, e o convênio permitirá que famílias pobres também tenham acesso ao tratamento. "Não podemos fechar os olhos para a epidemia", disse ela. Segundo ela, os 15 novos leitos vão atender toda a região do Vale do Rio Pardo. "Vamos sair daqui com força para trabalhar e atender uma camada social que não tem oportunidade de tratamento", finalizou. Para a presidente da Comunidade Terapêutica Vida Plena, de Parobé, Marialene Stangherlin, os convênios representam um marco para dar assistência digna aos dependentes necessitados. "Estamos a 12 anos na luta e sempre sonhamos com isso", comemorou.
O prefeito de Santo Antônio da Patrulha, Daiçon da Silva, falou sobre as dificuldades das prefeituras na prevenção ao uso de drogas e no tratamento. Isso, conforme Daiçon, depende de agentes externos, já que os municípios não possuem recursos. "O Estado está fazendo algo que enriquece os municípios. Reconhecemos no governo o carinho pela preservação da vida", disse o prefeito, acrescentando que são poucos os governos que travam batalha parecida. O governo Yeda foi elogiado também pelo fato de os municípios terem dinheiro em caixa e por estarem garantidos às prefeituras os repasses para saúde, educação, assistência social e da Consulta Popular.
Yeda mulher de raça.
Marcos Tunnermann

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